terça-feira, 22 de maio de 2012

E-mail de Mark Zuckerberg que tirou cofundador brasileiro

O bilionário co-fundador do Facebook – e brasileiro – Eduardo Saverin não trabalha mais para a rede social desde 2005. Neste momento, Mark Zuckerberg diluiu sua participação na empresa e, em seguido, tirou-o de uma vez da empresa. A saída de Saverin do Facebook foi, inclusive, a trama central do filme A Rede Social (relembre-o no vídeo abaixo).
Agora, a polêmica saída do brasileiro da companhia ficou ainda mais esclarecida. O site Business Insider publicou nesta terça-feira (15) o e-mail que Zuckerberg, com então 20 anos de idade, enviou aos seus advogados na ocasião, dando o aval para a papelada que resultaria no afastamento de Saverin da rede social.
Para facilitar essa saída, o fundador reduziu a participação do brasileiro nos lucros. Ele fez isso criando uma nova empresa que adquiriu a antiga companhia e, em seguida, distribuiu as ações da nova entre todos os funcionários, menos para Saverin. Estas informações estão contidas no e-mail, passado ao site por uma fonte não divulgada.
Nós adoramos o e-mail porque é um artefato de um jovem Mark Zuckerberg – um homem que cresceu bastante desde que escreveu isso e estará em nossas vidas ainda por um longo tempo. A parte interessante é quando Zuckerberg diz aos seus advogados: “Existe alguma maneira de fazer isso sem tornar dolorosamente evidente para ele que ele está sendo diluído a 10%?”.
O Business Insider publicou ainda parte do e-mail de resposta de um dos advogados, que se mostrou preocupado com o fato de que as ações de Saverin seriam as únicas a serem diluídas na empresa.
“Seria ótimo se, de alguma forma, você pudesse conseguir um consentimento de Eduardo aprovando essas novas emissões. Não é * obrigatório *, mas seria muito vantajoso e um caminho muito longo para prevenir quaisquer reclamações futuras que ele possa ter”.
No fim, tal preocupação podia ter sido levada mais a sério. Saverin acabou processando o Facebook e saiu com 4% ou 5% da empresa – essa porcentagem vale hoje cerca de US$ 5 bilhões.

Fonte: "O Filtro" by Redação Época

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